Sustentabilidade
Como ser Sustentável ao consumir Moda?
Não há como negar que a indústria têxtil causa impactos negativos ao meio ambiente. Há, é claro, diferentes níveis do impacto gerado dependendo da fibra utilizada (algodão, lã, viscose, viscose de bambu, tencel, poliamida/nailon, poliéster, entre outras), mas qualquer matéria prima passa por diferentes processos até se transformar em tecido, demandando a criação de animais, cultivo de lavouras, extração de recursos como o petróleo, uso de água e energia, transporte etc.
Acreditamos que a forma mais eficiente de ser sustentável é através da informação e do consumo consciente. Conhecendo os processos e efeitos que estão por trás de cada tecido que consumimos, conseguimos tomar decisões mais inteligentes na hora de comprar roupa e, mais importante, fazer escolhas mais conscientes e mudar a forma de consumir Moda, pois a única peça de roupa 100% sustentável é aquela que não precisou ser produzida.
Se por um lado o tecido de Algodão tem a vantagem de ser uma fibra natural biodegradável, consome mais água (7 a 29 mil litros por quilo de algodão!) e energia que as fibras sintéticas, além de degradar o sólo e ter processo de reciclagem dificultado e comparação com outros materiais.
A Lã, outra fibra natural advinda das ovelhas, pode gerar crueldade animal e sua produção gera grande quantidade de gás metano, detergente e graxa, além de também demandar gasto energético maior do que as fibras sintéticas. O uso de água em sua produção também é significativo, 150 litros para cada quilo de lã.
A Viscose, se por um lado é feita a partir da celulose (madeira ou sementes de algodão), material biodegradável e de fonte renovável e natural, emite gases tóxicos para sua produção. Também demanda alto consumo de energia e água (640 litros por quilo de viscose) para sua produção.
Já a Poliamida, se por um lado é derivada do petróleo, demanda alto consumo energético e produz gases que contribuem para o efeito estufa, é de facil reciclagem, atribui maior durabilidade à roupa e exige menos gasto de energia na sua manutenção, já que é de fácil lavagem e secagem, além de não necessitar de passagem à ferro.
O Poliéster, apontado como o grande vilão dentre as fibras têxteis, é responsável pela contaminação dos oceanos por microplásticos, o que é gravíssimo, mas tem vantagens como a possibilidade de utilização de material PET reciclado para sua produção, além de também poder ser reciclado se não misturado com outras fibras e de atribuir maior durabilidade e menor gasto de energia às roupas.
Os exemplos acima ilustram que não existem mocinhos e bandidos no universo dos tecidos e que a melhor forma de ser sustentável é ficar atento à composição das roupas antes de comprar e, principalmente, fazer compra consciente, elegendo peças de qualidade e que sejam usadas muitas e muitas vezes para compensar todo o impacto ambiental que a mesma gerou.
Porque a Fruta Pão é uma marca sustentável?
Porque fazemos peças clássicas e de qualidade, pensadas para que sejam usadas muitas e muitas vezes, em diferentes combinações, estilos e situações. E porque em toda nossa cadeia produtiva fazemos escolhas que minimizam os impactos negativos ao meio ambiente e geram impacto social positivo.
Mas quais são essas escolhas?
Vamos a elas:
1. Incorporamos à nossa produção peças feitas a partir de tecidos e materiais reciclados, tais como garrafa PET, aparas de algodão, entre outros
2. Priorizamos o uso de fibras naturais, tais como algodão, linho, seda etc, assim como botões feitos a partir de sementes e fibras de plantas etc.
3. Sempre que disponível no mercado, elegemos matéria prima orgânica em nossa produção.
4. Priorizamos matéria-prima 100% brasileira
5. Priorizamos fornecedores e tecelagens que adotam práticas sustentáveis em suas cadeias produtivas, tais como água de reuso, reaproveitamento de materiais e combate ao desperdício.
6. Minimizamos ao máximo o uso de embalagens plásticas, as quais são sempre reutilizadas e, quando danificadas, são corretamente destinadas para que sejam recicladas.
7. Nossa produção é livre de exploração, tão comum na Indústria da Moda. Isso porque sabemos exatamente quem faz nossas peças e elegemos profissionais e pequenas cooperativas de costura que prezam por boas condições de trabalho e exigem prazos e remuneração justos pelos serviços que prestam.
Vem com a gente fazer parte deste movimento!